Estamos em uma conjuntura complicada. Até o estupro querem legalizar,
este é o rótulo verdadeiro que devemos dar a lei que visa retirar o direito a
aplicar método anticonceptivo em caso de estupro. Proibir métodos
anticonceptivos como a pílula do dia seguinte é medieval. Todos que posam de
modernizadores de direita são os culpados destes retrocessos. Leis a favor da
indústria bélica como o fim do Estatuto do Desarmamento demonstram mais
truculência. Leis atrasadas e retrógradas, esta tem sido a tona desde o começo
do ano. Começaram com a história da tercerização que visam cortar salários e
direitos, ofensiva contra o ECA para diminuir a idade penal, para ampliar a
ditadura do capital que nega direitos e transforma a questão social em caso de
polícia.
Retrocessos e retrocessos, e por isso interessa muito as classes
dominantes e seus adestrados ter crise política e econômica, aumentar a
exploração e dominação é o objetivo. Aos trabalhadores lavagem uma vida moribunda
é isso que oferecem.
Mas como toda crise lutas ocorre, mas infelizmente a conciliação de
classe imposta pelo PT, PC do B e as frentes de massa influenciadas por estas
organizações dificultam a organização de possível resistência atual.
Conciliação que, aliás, deixou a porta aberta para a extrema - direita entrar
em cena com “protosmovimentos” que surgem com forte apoio da mídia empresarial
e manipuladora e financiamento de impulsionadores de internet. Extrema -
Direita que se junta com a direita dirigente e tradicional para promover
golpismo e desestabilização no país. Tomaram as ruas, mas demonstram extremas
dificuldades quando não contam com o apoio midiático que teme perder o controle
destes setores extremistas.
Porém é justamente com a voz dos setores extremistas que as leis
retrógradas e chantagens políticas são promovidas para aumentar a exploração e
dominação das classes dominantes com a promessa de tirar o país da crise. O
mote da trama é o ajuste fiscal que PT e PC do B tentam não perder espaço no
balcão de negócios.
Dentro desta “zumbilândia” de ameaças e propostas bizarras resistências
começaram a ser armadas, frentes e atos. Muito sectarismo, unidades, acertos e
erros. Setores apáticos que sumiram.
Bom, algumas coisas devem ser consideradas, entre elas mesmo em frentes
com um governismo mais emburrecido ou em frentes mais criticas, a base das
organizações de frente de massas que PT e PC do B organizam sempre se colocaram
nas ruas em diversos momentos e não deixarão de fazer isso agora, com muitas
dificuldades, pois estão corroídos pela políticas deles.
O que é certo é que para barrar retrocessos movimentos de massa precisam
crescer e para crescer não é só chamar atos e ficar esperando a data de cada
ato é estar em diversos espaços de base conversando com a classe trabalhadora
que em sua maioria esta insatisfeita mas muito confusa, entre não admitir
retirada de direitos a confusão ideológica tem sido a tona dos setores
populares.
O retrocesso de Legalizar o Estupro proibindo métodos anticonceptivos
para quem sofre este terrível crime detonou grandes manifestações contra este
absurdo em São Paulo e no Rio de Janeiro. A lei que visa deixar todos
terceirizados tem potencialidades aglutinadoras. Ou seja, com frentes, sem
frentes, sectarismos e unidades, a resistência deve ocorrer, e a conciliação de
classes pode ruir organizações oportunistas e o sectarismo pode jogar para
direita organizações que fazem análises mecânicas da realidade.
Muito retrocesso, mas muita resistência podem crescer nesta conjuntura,
alguns sinais temos este ano, a lutas dos professores no Paraná, um ensaio da
luta contra a terceirização radical, a luta dos servidores gaúchos, a luta
contra o fechamento das escolas em São Paulo, e atualmente das mulheres em São
Paulo e Rio de Janeiro, são ensaios e advertências sérias contra a retirada dos
direitos. Não é a toa que as classes dominantes com seus partidos burgueses
estão forçando para ter acordos e novos pactos.
Esta semana foi de bizarrices da direita e lutas de resistência nas
ruas, tende ser assim até o fim do ano, e no alto dos escalões dirigentes
forçam novos pactos. A formação de opinião é outra dificuldade de quem luta,
pois os aparelhos ideológicos estão nas mãos das classes dominantes, mesmo em
setores mais escrotos que forma opiniões também, em suas capas em especial, mas
que não são consenso nem em seus núcleos dirigentes.
Escrotas capas de uma revista dirigida pela Editora Abril demonstram o
panfletarismo desta revista, escroto e criminoso, esta semana sem ilusões
lançaram uma capa escrota e caluniosa de Lula, que deveria ser fruto de uma
ofensiva dos setores governistas contra isso, mas a moderação é a tona destes
setores, ou seja, os mais interessados em responder os absurdos, não agem como
deveriam agir.
Ou seja, uma conjuntura que impõe confusão, mas que força setores se
lançarem a luta e combater os retrocessos.
Everton Souza